"Pesquisas apontam ainda que o compartilhamento de arquivos via web tem aumentado no país"
Cobrar uma taxa por downloads de obras ou deixar que os usuários estipulem um valor podem ser alternativas ao compartilhamento de arquivos via web. Após quase um ano de aprovação da lei francesa contra a pirataria digital, a falta de penalidades neste sentido mostra que suspender o acesso à internet pode não ser o caminho.
Proposta há quase três anos pelo presidente Nicolas Sarkozy, a lei, apelidada de "Three Strikes", prevê a supensão do acesso à web aos usuários que ignorarem três advertências para abandonarem a prática. O governo até criou uma agência para fazer valer a lei, mas até agora nenhum aviso foi enviado e nenhuma conexão de banda larga foi cortada.
Legisladores do partido de Sarkozy já começam a demonstrar suas dúvidas em relação à "three strikes" e de acordo com o jornal Le Figaro, Jean-François Cope, líder do partido de Sarkozy na Assembleia Nacional, declarou enxergar "pontos fracos" na lei e que a sua posição sobre a questão da pirataria evoluiu desde a votação.
Tendo em vista a inviabilidade da lei e os altos custos de monitoramento de todos os downloads, a agência já declarou que planeja perseguir só "os maiores piratas", ao invés de todos os infratores. A possibilidade de utilizar serviços de cloud computing, excluindo a necessidade de armazenamento de arquivos aponta também para uma nova tendência dos usuários.
Recentemente, o governo britânico aprovou uma legislação three strikes, mas assim como na França, ela precisa ser implementada.
Fonte:
Olhar Digital
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